quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Never Say Never; O documentário da verdade


Depois do sucesso deste documentário musical em 3D - mais de US$ 60 milhões (R$ 100,3 milhões) em duas semanas nos EUA - houve mudanças. Justin resolveu cortar o cabelo e mudar o penteado famoso, e o estúdio decidiu lançar uma versão do diretor imediatamente, com mais cenas de bastidores e mais imagens do começo da carreira , como os fãs pediram.
Apesar disso, eu assisti ao filme numa sala enorme de Atlanta, sozinho e ainda pude levar os óculos 3D para casa (mesmo porque nem tinha ninguém para recebê-lo). Mas não foi uma má experiência para mim que mal conhecia o jovem astro teen. Quem não sai o admirando, ao menos o respeita.
O menino tem um verdadeiro talento natural e teve toda sua infância precoce registrada por câmeras, onde transparece sua naturalidade, encanto (ele é mesmo simpático, fotogênico, e revela o tempo todo um comportamento bem de acordo com sua idade, até mesmo infantil para quem já esta chegando aos 16 anos).
O filme é também a história de como ele foi descoberto, foi promovido e acabou se tornando o único ídolo teen que não pertence a uma superorganização como a Disney .
Justin é canadense e nasceu de uma mãe adolescente (por sinal feia) e um pai jovem que os deixou (ele chega a aparecer num show chorando ao ver o filho, mas aparece pouco, seu lugar ocupado pelos avós).
Desde pequeno revelou jeito para a música e muito cedo se tornou um notável baterista. Como era uma criança bonita e metida, começou a cantar e se apresentar às vezes mesmo nas ruas (e chega a ser ridículo ele ter perdido um concurso para uma hoje desconhecida, assim como parece absurdo ter perdido o Grammy há poucos dias).
Todo o filme é pontilhado de entrevistas com as fãs e algumas intervenções delas no Youtube, já que Justin foi o primeiro ídolo a ser revelado e consagrado por suas primeiras aparições no site, sendo logo descoberto por um agente de Atlanta, justamente, que consegue levar com primor sua carreira (o filme conta tudo, como foi difícil torná-lo conhecido, viajando pelo interior conversando com djs de rádio, além de revelar algumas técnicas de marketing, como deixar ingressos para, na última hora, chamar algumas meninas que ficaram de fora e que nunca esquecerão do fato, ou escolher outra na plateia para Justin cantar uma canção para ela no palco.
Está tudo aqui profusamente ilustrado, com a presença também de Usher, seu padrinho oficial, do Jaden Smith, que aparece no show, os pais deles são vistos bem rapidamente apenas.
O que não falta é Justin de tudo que é maneira, na cidade natal, na sua casa comum, no quarto que ele tem que arrumar, com os velhos colegas de escola, ou seja, sempre tentando se mostrar que é um adolescente como os outros, só que ainda mais controlado porque tem que estudar em casa ou na estrada.
O filme é pontuado pelos dez dias que faltam para ele se apresentar no célebre Madison Square Garden, de Nova York (isso fica meio furado porque durante todo o filme aparecem cenas desse show), para ao final estourar uma crise: ele perde a voz por causa de uma inflamação (bem moleque, ele andou gritando demais com os colegas), e um show precisa ser cancelado, para tristeza geral.
Será que ele aprendeu a lição? O filme mostra a influência positiva da professora de voz que tenta lhe dar lições de vida, a presença religiosa na família (o que é bem forte), construindo uma imagem de bom moço.
O que fica claro neste bom documentário é que não se trata de um astro construído  de mentira. Suas músicas são descartáveis, mas não ofensivas, assim como todo o show competente. Se faz sucesso é porque merece e parece ter ainda um futuro promissor.

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