sábado, 29 de janeiro de 2011

Não Deixe Entrar!!

Owen (Kodi Smit-McPhee) é um garoto solitário, que vive com a mãe e é sempre provocado pelos valentões da escola. Um dia ele conhece, perto de sua casa, Abby (Chloe Moretz). Sempre nas sombras, ela aos poucos de aproxima de Owen e logo se tornam amigos. Só que Abby possui um segredo: ela é muito mais velha que sua aparência indica e necessita de sangue para sobreviver. Para consegui-lo, seu pai (Richard Jenkins) realiza assassinatos na surdina, de forma a retirar o sangue das vítimas e levá-lo para Abby.
Algumas refilmagens hollywoodianas acontecem por motivos comerciais e outras por uma total preguiça do povo americano de ler legendas em filmes estrangeiros.

Baseado no recente terror sueco, Deixe Ela Entrar, sucesso junto a crítica e público que teve a oportunidade de assisti-lo, esse exemplar da terra do Tio Sam foi produzido a toque de caixa, mas não deixou por menos e o resultado é animador.

É o que se nota, por exemplo, logo no início, quando o espectador vai ser capturado por uma trilha incidental assustadora do premiado Michael Giacchino, de filmes como Up-Altas Aventuras, Star Treck e até do famoso seriado Lost.

Com cenas de abertura reveladoras apenas o suficiente para deixar você intrigado, o roteiro volta no tempo para que se conheça um pouco do jovem de 12 anos que vem comendo o pão que o diabo amassou na mão de colegas mais velhos na escola. Ou seja, para bom entendedor, uma palavra da atualidade basta:bullying.

Filho de pais recém separados, Owen (Kodi Smit-McPhee) é pura angústia, dotado de hábitos estranhos e uma sinistra sede de vingança. É quando entra em cena a misteriosa vizinha Abby , de idade parecida, que anda descalça na neve, é reservada e provoca nele uma imediata identificação.

Certo de que está diante de alguém especial, o menino até fica confuso quando ela diz "não sou uma garota", mas o flerte com esse mistério exerce nele uma forte atração. E o que começou como uma amizade fraterna, torna-se a mais pura cumplicidade de atos inimagináveis.

Embora aborde o tema vampirismo, Matt Reeves não cai na vala comum e enfia um estaca na modinha, apresentando um roteiro bem construído e conduzido, levemente não linear, que junta a fome com a vontade de comer, representados pelo desejo de ser amado e de beber sangue.

O elenco conta também com o competente Richard Jenkins , num papel pra lá de enigmático, tocante, que vai se descortinando, e ainda Elias Koteas (sempre preciso) na pele de um policial que investiga as mortes que acontecem no local.

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