sábado, 22 de janeiro de 2011

A Morte e Vida de Charlie



Os irmãos Charlie (Zac Efron) e Sam (Charlie Tahan) formavam uma dupla e tanto, mas um trágico acidente os separou. Apesar disso, Charlie conseguiu manter contato com ele após a morte e tornou-se um cara estranho e recluso, abandonando seu futuro para trabalhar no cemitério da pequena cidade. Anos mais tarde, Charlie reencontra uma jovem da escola (Amanda Crew) e passa a sentir por ela uma forte atração. Agora, ele precisa decidir entre manter a promessa que fez ao irmão de nunca mais o abandonar, ou seguir o desejo de seu próprio coração e dar um novo rumo para a sua vida. 
Se você achou o título do filme meio esdrúxulo, não se espante e saiba que estás diante de mais um longa tratando de um tema recorrente nos últimos tempos no cinema nacional e, pelo visto, internacional: o espiritismo.

Baseado no livro homônimo do jornalista Ben Sherwood (atual presidente da ABC News), a história romântica conta sobre a forte ligação entre dois irmãos, vítimas de um grave acidente, que resultou no falecimento do pequeno Sam (Charlie Tahan) e deu para Charlie (Zac Efron) a capacidade ver os espíritos.

Contudo, devido ao trauma de abandono dos dois, Charlie promete ao irmão que nunca irá deixá-lo e terá um rotina com ele como se estivesse vivo, enterrando seu futuro promissor nos estudos e a possível vida de campeão na vela. Só que o tempo passou e anos mais tarde, trabalhando como zelador no cemitério da cidade, o jovem recluso acaba se encantando pela velejadora Tess (Amanda Crew), que deve se ausentar por um grande período. 


Tendo como pano de fundo a questão familiar e a dificuldade do encontro dos corações amantes, o conflito do protagonista passa a ser em relação ao mundo material e o espiritual, fazendo com que o filme transite pelo tema vida após a morte de maneira sensível em alguns momentos, mas surreal em muitos outros. 
Se por um lado pode conseguir estabelecer alguma conexão com o público em geral nas horas em que o pequeno Sam está “presente”, em outro, vai até surpreender, mas bota tudo a perder ao carregar demais na tinta, inserindo na trama coisas exageradas e até ridículas, como “uma luz” sinalizadora em alto mar, diante de uma situação limite.

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